quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Metrô abre hoje estações Luz e República da linha 4

Com quatro anos de atraso, as estações Luz e República da linha 4-amarela do metrô de São Paulo serão abertas hoje com a expectativa de provocar uma redistribuição de passageiros do sistema.

O ritmo das mudanças será sentido aos poucos, já que as novas paradas funcionarão inicialmente em horário reduzido, das 10h às 15h.
Mas os primeiros sinais já devem ser percebidos nos primeiros dias, com um aumento próximo de 10% no volume de usuários da linha 4 de 200 mil para 220 mil no começo, para 500 mil no final do ano e 700 mil em 2012.
Com as novas estações, a viagem da Luz (centro) ao Butantã (zona oeste) poderá ser feita de metrô em 12 minutos contra a média de 33 minutos no trajeto de carro nos picos e 55 minutos de ônibus.
Mas as vantagens vão muito além desse percurso. Como a linha 4 estará integrada às três mais antigas do metrô (1, 2 e 3) e à rede da CPTM (por exemplo, com a 9-esmeralda, em Pinheiros), ela permitirá novas rotas sobre trilhos entre as diversas regiões.
Por exemplo, simplificará a ligação do centro de São Paulo com a av. Paulista. Quem está zona leste e quer ir a essa região também não precisará mais migrar para a linha 1-azul, que deve ter um alívio no seu trecho mais lotado, entre Paraíso e Luz.
Estações como Sé e Brás também devem ter redução de movimento ao contrário da estação República.
O horário inicial das 10h às 15h (de segunda a sábado) nas paradas Luz e República da linha 4 deve ser ampliado (das 4h40 à 0h e até a 1h aos sábados) em até três semanas, assim como a abertura aos domingos.
O novo trecho da linha 4 tem 3,7 km, aumentando a rede paulista para 74,3 km (perto de um terço do tamanho da existente atualmente na Cidade do México).

LOTAÇÃO
O presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, afirma que haverá aumento de conforto na rede. Os passageiros que pegavam a mesma linha vão se dividir, disse.
Mas, entre usuários, há temor de superlotação. No início desta semana, a operação do trecho Butantã-Paulista da linha 4 foi ampliada até a 0h. O desconforto aumentou na conexão com a linha 2-verde, na avaliação do designer gráfico Werner Cunha, 36. A saída para a estação Consolação e a ida para a Paulista ficam no mesmo túnel. "Vira uma confusão enorme", diz.
"Há uma multidão absurda às 18h30, coisa que eu nunca tinha visto. As pessoas não conseguem andar, são apenas empurradas. E ainda tem as pessoas tentando vir no sentido contrário, para a estação Consolação", disse.
O Metrô admite que há problemas, mas, de acordo com sua assessoria de imprensa, a expectativa é de uma diminuição do fluxo de passageiros quando as estações inauguradas hoje estiverem funcionando em horário completo.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Prefeitura quer usar R$ 1 bi do boom imobiliário em metrô nos Jardins

A Prefeitura de São Paulo quer usar o dinheiro do boom imobiliário da região da Avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona sul, para investir pelo menos mais R$ 1 bilhão em uma nova linha de metrô na capital, que aparece com detalhes nos mapas da companhia pela primeira vez. Batizado de Linha 20-Rosa, o novo ramal terá 12,3 quilômetros de extensão e ligará a Lapa, na zona oeste, a Moema, na zona sul.  

linha faz parte do Plano Expansão 2020 do Metrô, a que a reportagem teve acesso com exclusividade. O estudo projeta o sistema com até 161 estações de metrô na Região Metropolitana - hoje são 62 - e ampliação dos atuais 70,6 km para 184,2 km de linhas. A previsão de investimento estadual na rede é de R$ 27,4 bilhões até 2015.

Nos estudos preliminares do Metrô, a Linha 20-Rosa aparece com entrega prevista para 2025, mas a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos acredita que esse prazo possa ser encurtado graças ao interesse da Prefeitura em investir no ramal. O projeto inicial prevê 14 estações, espalhadas pelas zonas estritamente residenciais próximas da Praça Panamericana e por toda a extensão da Faria Lima. No mapa do Metrô, é possível ver que a futura linha tem tudo para ser polêmica, uma vez que passa por áreas valorizadas, como Jardim Europa e Jardim América.
O dinheiro da Prefeitura viria das contrapartidas pagas pelo mercado imobiliário da região da Operação Urbana Faria Lima para construir prédios acima do limite da lei de zoneamento. Como o Estado revelou há duas semanas, o prefeito Gilberto Kassab (sem partido) enviou um projeto à Câmara Municipal que prevê a emissão de mais 500 mil Certificados de Potencial Construtivo (Cepacs), títulos que permitem a construção de edifícios mais altos. Esses papéis devem render cerca de R$ 2 bilhões aos cofres públicos - no último leilão da operação, em 25 de maio de 2010, cada Cepac foi comercializado por R$ 4 mil, valor considerado baixo, pela demanda do mercado. Parte do valor arrecadado deve ir para a Linha 20 do Metrô, já que, por lei, esse dinheiro deve ser aplicado no perímetro da Faria Lima.
"Temos um sistema de transporte público que precisa ser aprimorado naquela região e estamos conversando para conseguir acoplar o desenvolvimento dessa linha à Operação Urbana", disse o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem.
Demanda. Outra alternativa que aumenta as chances de o ramal sair mais cedo é o interesse de investidores privados em fazer uma Parceria Público-Privada (PPP), mesmo modelo utilizado na Linha 4-Amarela. Segundo a reportagem apurou, a Prefeitura também articula essa possibilidade com o governo estadual.
O software de simulação de demanda do Metrô detectou que o novo ramal teria uma demanda diária média de 600 mil pessoas. "Nós achávamos que essa linha retiraria passageiros da Linha 9-Esmeralda de trens, que passa pela Marginal do Pinheiros. Mas isso não aconteceu, pois a demanda para essa nova linha é fortíssima", afirmou o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. No futuro, a Linha 20-Rosa deve ganhar ainda uma extensão de 10,7 km até o bairro de Rudge Ramos, em São Bernardo, com mais sete estações.

Ônibus intermunicipais de SP ficam mais caros na sexta-feira

As tarifas dos ônibus intermunicipais de São Paulo ficarão 8,88% mais caras a partir da 0h da próxima sexta-feira (16). O último reajuste havia ocorrido em março de 2010.
Com isso, o passageiro que quiser programar suas viagens tem até quinta-feira para comprar bilhetes com preço antigo --eles podem ser comprados com data em aberto e são válidos por um ano.
Segundo a Artesp (Agência Reguladora de Transporte), o reajuste representa a recomposição dos custos operacionais das empresas que atuam no setor, entre janeiro de 2010 e junho de 2011, e leva em conta as variações de preço de diversos itens.
O aumento vale para os ônibus intermunicipais do Estado --exceto as linhas que operam dentro das regiões metropolitanas.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Passageiros esperam ônibus na rua para evitar terminal

 ISSO É UMA VERGONHA PREFEITO KASSAB


No horário de pico da tarde, o asfalto torna-se ponto de ônibus na rua Salvador Gianetti, vizinha ao terminal Guaianases (zona leste de São Paulo).

om a superlotação dos coletivos que vêm de outros bairros e passam pelo local e as imensas filas nas linhas dentro do terminal, os passageiros passaram a ocupar uma das três faixas da via para, assim, conseguir chegar mais rápido às portas dos veículos quando eles encostam no ponto.
Com a ocupação de uma das faixas da rua, carros, ônibus e caminhões têm que desviar da multidão para não acabar atropelando alguém.
"Sei que é perigoso, mas só ficando na rua eu consigo correr e entrar no primeiro ônibus", diz a balconista Ediane Silva, 26 anos.
A preocupação dela se justifica pela demora do coletivo. Às 18h30 da última sexta-feira, Ediane esperava havia cerca de 50 minutos um ônibus da linha 3790 (Metrô Guilhermina-Esperança / Barro Branco).

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Inaugurada há mais de um ano, linha 4 do Metrô de SP funciona até meia-noite a partir de hoje

A linha 4 (amarela) do Metrô de São Paulo, inaugurada em 25 de maio de 2010, passará, enfim, a funcionar até à meia-noite a partir desta segunda-feira (12). O horário de funcionamento é o mesmo das demais linhas do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
A linha passará a funcionar aos sábados, das 4h40 à 1h da madrugada de domingo. No domingo, entretanto, a linha 4 continuará sem operar. As estações que abrirão no horário novo são Paulista, Faria Lima, Pinheiros e Butantã. Até então, as quatro estações estavam funcionando das 4h40 às 21h.
Questionada sobre os motivos que levaram a linha 4 a funcionar em horário integral somente agora, a Via Quatro, que opera o sistema, disse que é necessário cumprir uma série de testes sempre que uma nova estação é inaugurada.

Via Quatro disse ainda que a linha 4 adota um sistema novo, de alta tecnologia, que requer uma série de cuidados.

República e Luz

As estações Luz e República, que integram as linhas 1 (azul) e 3 (vermelha), respectivamente, passarão a funcionar também na linha 4 na próxima quinta-feira (15). As duas estações funcionarão das 10h às 15h, de segunda a sábado.
Segundo a Via Quatro, as duas estações permanecerão com o horário de funcionamento restrito até a avaliação de todos os seus itens operacionais.

Tamanduateí e Vila Prudente

Também a partir de segunda-feira (12) passam a funcionar de 4h40 à meia-noite, todos os dias da semana, as estações Tamanduateí e Vila Prudente, da linha 2 (verde). Ambas estavam funcionando, até então, das 4h40 às 21h.

Kassab planeja gastar R$ 3,5 bi em túneis

A Prefeitura de São Paulo pretende investir, nos próximos anos, cerca de R$ 3,5 bilhões na construção de cinco túneis. Urbanistas acreditam que gastar tanto com obras viárias que serão utilizadas apenas por carros não vai diminuir o trânsito na cidade. O dinheiro seria suficiente para fazer ao menos 17 quilômetros de metrô, o que, segundo especialistas, teria mais impacto na redução de congestionamentos.
"Não dá para dizer que São Paulo jamais deveria fazer novos túneis ou viadutos", argumenta Marcos Bicalho, superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). "O problema é que uma obra dessas provoca menos impacto que o transporte público e ainda coloca mais carros na rua, pois incentiva o transporte individual." Segundo Bicalho, estudos mostram que cada quilômetro de metrô custa entre R$ 170 milhões e R$ 200 milhões, descontada a complexidade da obra e as desapropriações.
O prefeito Gilberto Kassab (sem partido) argumenta que sua gestão dá preferência ao transporte público, e não ao individual. Como exemplo, afirma já ter transferido R$ 1 bilhão para o Metrô e promete passar mais R$ 1 bilhão até dezembro do ano que vem. Dos cinco projetos de túneis, um já tem autorização para ser construído, diz Kassab: a ligação entre a Avenida Jornalista Roberto Marinho e a Rodovia dos Imigrantes, no Jabaquara, na zona sul.
Pelo menos R$ 1,55 bilhão deve ser empregado na obra, que faz parte da Operação Urbana Água Espraiada e enfrenta resistência da comunidade. A previsão para início das desapropriações, segundo o governo, é 2012. Nas próximas semanas, moradores do Jabaquara devem entrar com duas ações judiciais contra a obra - já há um terceiro processo na Justiça. A administração argumenta que a intervenção é importante para reduzir o tráfego na Avenida dos Bandeirantes.
"Isso é uma falácia. Fizemos o teste na Bandeirantes no horário de pico. A faixa da direita, usada por quem vai à Imigrantes, está sempre livre. O problema é para quem vai até Vila Prudente e Ipiranga e não usa a Imigrantes", critica o técnico de informática Marcos Munarim, de 36 anos, que tem participado das reuniões e protestos que discutem o projeto nos últimos dois anos.
Praça foi salva. Em outro ponto da cidade, a mobilização dos moradores contra a Prefeitura deu um resultado parcial. A vizinhança da Praça Elis Regina, no Butantã, zona oeste, conseguiu a mudança do traçado do túnel que liga as avenidas Corifeu de Azevedo Marques, Eliseu de Almeida e Jorge João Saad, evitando que a área verde fosse desapropriada. "Nossa preocupação é que é mais um incentivo ao transporte individual. Se essa obra tiver de acontecer, que não cause tanto impacto", diz a geógrafa Patrícia Yamamoto, do movimento Butantã Pode.
"Seria interessante saber qual o impacto dos novos túneis sobre os quilômetros de congestionamento e a velocidade média dos carros. Acredito que, de maneira geral, eles podem desafogar o trânsito em um ponto, mas, no todo, o impacto é pequeno", avalia Luiz Guilherme Castro, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie. "Seria mais recomendável investir em transporte público, que carrega mais gente e tem custo/benefício melhor."

Ônibus pega fogo e interdita faixas da av. 23 de Maio, em SP

Um ônibus pegou fogo na madrugada desta segunda-feira na avenida 23 de Maio, na zona sul de São Paulo. Com isso, a via permanecia com duas faixas interditadas, por volta das 7h20, no sentido aeroporto, próximo ao acesso à avenida Pedro Alvares Cabral.

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o acidente aconteceu por volta das 5h10. O fogo teria começado no motor do veículo, mas ninguém ficou ferido. Ao todo, dois carros do Corpo de Bombeiros foram deslocados para o local e conseguiram controlar as chamas.
Devido à interdição na avenida, o corredor norte-sul concentrava o maio trecho de congestionamento por volta das 7h20, com 4,5 km de filas no sentido aeroporto. O problema estava concentrado entre a praça da Bandeira e o túnel Ayrton Senna.
Em toda a cidade havia, no horário, 37 km de lentidão, o que representa 4,2% dos 868 km de vias monitoradas pela CET. O índice estava abaixo da média do horário, que é de 8,1%. A pior região era a central, com 9 km de congestionamento.
Segundo o serviço da empresa MapLink, usado pela Folha, a cidade tinha 172 km de filas no horário.