segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Secretário de Transportes de SP diz que linha 4 tem "situação mais caótica" do metrô, mas dá nota 7,5

Anunciada como a “linha da integração”, a linha 4-amarela do metrô de São Paulo até ajuda o usuário a poupar tempo em comparação ao percurso que seria feito de carro ou ônibus. Ainda assim, uma coleção de problemas de fluxo e transferência de passageiros também fez a via ser classificada pelo próprio governo de São Paulo em uma pouco atrativa “situação mais caótica” dentro do sistema metroviário.

A avaliação foi feita pelo secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, na entrevista concedida ao UOL Notícias sobre a série de reportagens que será publicada esta semana. Durante cinco dias, três repórteres acompanharam o dia-a-dia do usuário dentro e fora dos horários de pico em todas as linhas do sistema.
Apesar de admitir os problemas de fluxo e transferência identificados pela equipe de reportagem, com mais ênfase, na linha 4, Fernandes afirmou que a superlotação nela deve durar ainda “pelo menos mais três ou quatro anos”. É esse o prazo necessário, diz o secretário, às obras de expansão da linha 5-lilás, que prometem aliviar o fluxo ao reordenar passageiros da zona sul da cidade.

Só a linha 4 responde por um fluxo de quase 500 mil passageiros/dia dentro do total de 7 milhões de pessoas transportadas diariamente pelos sistemas de metrô e CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
“A linha 4 é, de fato, a situação mais caótica que nós vivemos; é realmente uma situação crítica. Mas conseguimos fazer com que, mesmo próximo dos 500 mil usuários, o quadro se estabilizasse”, disse. “Porque as medidas operacionais foram evoluindo”, define.
Para o secretário, a integralização de horário das estações --que operavam até as 15h, depois até as 21h e só então, há um mês, até meia-noite --gerou uma “reacomodação de fluxo”, sobretudo, na estação Paulista.
“Há uma acomodação melhor à medida em que tanto técnicos quanto população vão aprendendo sobre o sistema. A expectativa é que quando a linha 5 estiver toda pronta, muitas pessoas que hoje descem na estação Santo Amaro ou as que vêm do Grajaú (zona sul), e vêm direto para Pinheiros e pegam a linha 4, usem apenas a linha 5”.
As obras da linha 5 foram atrasadas em mais de dois anos devido a questionamentos judiciais feitos pelo Ministério Público e foram retomadas há cerca de dois meses.

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