quinta-feira, 19 de maio de 2011

Transporte público tira Cidade do México do ranking de cidades mais poluídas do mundo

O metrobus existe na Cidade do México há cinco anos e é sinônimo de bom transporte público. É um ônibus com cara e jeito de metrô. As paradas são verdadeiras estações que ficam suspensas e quando os ônibus chegam, ninguém precisa subir ou descer degraus. Com isso, o embarque fica mais rápido e entram mais passageiros por ônibus, o que barateia a passagem.
Além de bonitos, rápidos e confortáveis, os ônibus do metrobus poluem menos. Segundo as autoridades mexicanas, desde a implantação em 2005, os veículos que circulam por corredores exclusivos deixaram de jogar na atmosfera 80 mil toneladas de dióxido de carbono a cada ano.

“Para cada linha de metrobus, saem de circulação 600 micro-ônibus, que deixam de contaminar 28 mil toneladas de material tóxico. E um único metrobus substitui 60 carros particulares nas ruas, o que dá mais velocidade e pontualidade às viagens”, explica o arquiteto e diretor-geral de planejamento e viabilidade da Secretaria de Transportes, Sérgio Anibal Martinez.
A linha vermelha liga a Zona Norte à Zona Sul da Cidade do México. São 45 estações e o tempo de viagem caiu de duas horas e meia para uma hora e 20 minutos.
Os motoristas não desrespeitam o espaço dos ônibus porque não podem. Os blocos de concreto separam totalmente a via exclusiva para os ônibus e isso garante a rapidez das viagens. Nas outras faixas, fica o trânsito caótico.
Por causa das vantagens, os mexicanos foram convencidos a adotar o metrobus, que transporta 450 mil passageiros todos os dias em seus 50 km de extensão, em três linhas, que cortam a cidade de norte a sul, de leste a oeste.
As mulheres também costumam gostar bastante do metrobus, mas por outro motivo: o carro da frente dos ônibus articulados é de uso preferencial também para elas. No metrobus, 85% das mulheres se sentem seguras e acham que a integridade física e moral delas é respeitada.
Outra novidade na Cidade do México é a integração que eles chamam de “ecobici”, que são pontos de aluguel de bicicletas, que podem ser retiradas e devolvidas em qualquer outro ponto que fica a poucos passos da estação de metrobus. “Eu visito clientes aqui por perto e às vezes pego uma bicicleta, até vestido de terno, pedalo por umas quatro ruas, faço o que tenho que fazer, volto, deixo ela e ainda pego o metrobus”, comenta o empresário Ernesto Fuentes.
A promessa agora é a integração com outros meios de transporte público. A mais nova estação do metrobus faz integração com a estação de trem que fica do outro lado da rua. Ela é toda automatizada. Não tem cabines nem caixas.

Um comentário:

  1. O tema abordado foi muito interessante, ninguem comenta estas coisas. Qualidade de vida no transporte. Menos poluição. É simples, vamos investir em transportes de massa. PArabéns.

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